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16 de Abril de 2024
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    As citações literárias e históricas no julgamento de Lula

    Membros da acusação recorreram à literatura e à história para embasar seus discursos.

    há 6 anos

    Durante o julgamento de apelação de Lula no TRF da 4ª região, os membros responsáveis pela acusação se utilizaram de citações literárias e de fatos históricos para defender a condenação do ex-presidente.


    Ao subir à tribuna, o advogado e assistente de acusação da Petrobras, René Dotti, reafirmou a importância da petroleira para a história do Brasil. Ele relembrou a publicação de Monteiro Lobato, em 1936, intitulada de "O escândalo do petróleo e ferro". Para Dotti, o autor é uma figura histórica de luta pela Petrobras.

    O causídico ressaltou ainda como autor sensibilizou os adultos sobre a exploração das riquezas naturais falando da crise, das denúncias e dos escândalos que envolvem este recurso natural. Lobato defendeu que "ouro negro" foi o responsável pela prosperidade da nação.

    Em outro momento de sua fala, o advogado relembrou a campanha "O petróleo é nosso", durante governo de Getúlio Vargas, dando ênfase em um trecho da carta-testamento de Vargas endereçada ao povo brasileiro antes de se suicidar. Destacou:

    "Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma".

    Posteriormente, Dotti falou dos esforços para se combater a corrupção, relembrando os esforços de Winston Churchill para salvar a Inglaterra do domínio nazista.

    Para arrematar, o advogado destacou o sentimento de esperança que este julgamento dá para o país, citando o pensamento de Aristóteles: "a esperança é o sonho do homem acordado" e finalizando com uma frase de Padre Antônio Vieira: "a esperança é a mais doce companheira da alma".

    Dotti encerrou seu discurso dizendo: "A esperança de hoje nesse momento é, senhor presidente, a condenação desses réus para absoluta necessidade do povo brasileiro".

    Em outro momento do julgamento, o procurador Regional da República Maurício Gotardo Gerum assumiu posição de fala. Após sustentar os fatos criminosos que levaram à condenação dos réus, Gerum terminou sua fala citando o livro do escritor russo Fiódor Dostoiévski.

    "Não, aqueles homens não foram feitos assim; o verdadeiro soberano a quem tudo é permitido, esmaga Toulon, faz uma carnificina em Paris, esquece um exército no Egito, sacrifica meio milhão de homens a campanha da Rússia e se safa com um calembur em Vilna; e ao morrer é transformado em ídolo – logo, tudo lhe é permitido. Não, pelo visto esses homens não são de carne, são de bronze!".

    Ao final, acrescentou: "Em uma República, excelência, todos os homens são de carne."

    Dê o play no vídeo para conferir as sustentações orais:

    https://www.youtube.com/watch?v=OJl0tyx2mU8#action=share


    FONTE: http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI273037,61044-As+citacoes+literarias+e+historicas+no+julgamento+de+Lula

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